23 de abril Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, instituído pela UNESCO para promover o prazer da leitura e a proteção dos direitos autorais. Em homenagem ao livro e aos seus autores, um sensível curta–metragem de animação, do ilustrador William Joyce: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore (Os Fantásticos Livros Voadores do sr. Morris Lessmore). O curta é inspirado no ator e diretor Buster Keaton, ator e diretor americano de comédias mudas, no furacão Katrina e no romance The Wonderful Wizard of Oz (O maravilhoso mágico de Oz), de Lyman Frank Baum. Filme: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore Autor/Ilustrador: William Joyce Co-Diretor: Brandon Oldenburg www.morrislessmore.com Curiosidade: Wikipedia me informa que o ator e diretor Buster Keaton, “no começo da década de 1930, passa por uma fase de decadência, por ter assinado um contrato com o estúdio Metro pelo qual perde o controle sobre o conteúdo criativo de seus filmes e tem de aceitar roteiros impostos pelo estúdio.” P.S. Os motivos da minha escolha...
SPOILER . . As referências da história são muitas e, em conjunto, me pareceram refletir bem o espírito do dia mundial do livro e do direito de autor. Em primeiro lugar a referência ao ator e diretor americano de comédias mudas, Buster Keaton (Morris Lessmore), que, segundo a Wikipedia, “no começo da década de 1930, passa por uma fase de decadência, por ter assinado um contrato com o estúdio Metro pelo qual perde o controle sobre o conteúdo criativo de seus filmes e tem de aceitar roteiros impostos pelo estúdio.” Os autores precisam ser "livres" para criar, esse é o espírito da lei de direitos autorais. Minha leitura sobre a referência ao furacão Katrina, neste caso, relaciona-se não somente ao The Wonderful Wizard of Oz de Lyman Frank Baum, que o próprio William Joyce, o autor do curta, cita nas entrevistas, mas, também, aos acontecimentos na vida do próprio Keaton, que passou por um "furacão" existencial quando "tornou-se um assalariado, sem independência artística". Ou ainda, com o mercado em expansão da indústria criativa, um 'furacão' que parece estar querendo virar de cabeça pra baixo todo o sistema de proteção e remuneração aos autores. São, claramente, leituras pessoais, mas achei interessante que vocês soubessem os motivos da minha escolha. Amei todas as referências, Humpty Dumpty, os livros que nos fazem voar, a biblioteca, lugar mágico, a paixão pelos livros, capazes de devolver magia à vida (a cor), as memorias que resistem ao furacão, a capacidade de voar alto que a escrita permite, mas o que mais me emocionou foi a ressurreição de um clássico através da leitura, me deu vontade de reler todos os velhinhos aqui de casa. [O livro que Morris salva é From the Earth to the Moon, de Júlio Verne — sim, quando acabou, voltei atrás só para tentar reconhecer o que estava escrito naquelas páginas e descobrir a obra hehehe]
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Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, 23 de abril de 2014.
"A história da palavra escrita é a história da humanidade. O poder dos livros para promover a realização individual e criar mudança social é inigualável. Íntimo, mas profundamente social, os livros proporcionam amplas formas de diálogo entre indivíduos, em comunidades e através do tempo. Como Malala Yousafzai, a estudante paquistanesa que foi baleada pelo Taliban por ir à escola, disse no seu discurso nas Nações Unidas: "Vamos pegar nossos livros e nossas canetas. Eles são nossas armas mais poderosas." No Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, a UNESCO convida todas as mulheres e todos os homens a reunirem-se em torno de livros e de todos aqueles que escrevem e produzem livros. Este é um dia para celebrar os livros como a incorporação da criatividade humana e o desejo de compartilhar ideias e conhecimento, de inspirar compreensão e tolerância. Os livros não estão imunes a um mundo de mudanças, caracterizado pelo advento dos formatos digitais e pela transição para a partilha de conhecimentos, por meio da abertura de licenças de uso. Isso significa mais incertezas, mas também novas oportunidades – incluindo modelos inovadores de negócio no mundo das publicações. A mudança está levantando questões contundentes sobre a definição do livro e o significado da autoria nesta era digital. A UNESCO está na linha de frente dos novos debates sobre a desmaterialização dos livros e os direitos autorais. Ao defender os direitos autorais e o livre acesso, a UNESCO advoga pela criatividade, pela diversidade e pelo acesso equitativo ao conhecimento. Trabalhamos em várias direções – da Rede Cidades Criativas da Literatura à promoção da alfabetização e dos recursos educacionais. Por exemplo, em parceria com a Nokia e a World Reader, a UNESCO está se esforçando para aproveitar a tecnologia móvel para apoiar a alfabetização. Para esse fim, em 23 de abril, lançaremos uma nova publicação – Lendo na Era Móvel. Dentro do mesmo espírito, a cidade de Port Harcourt, na Nigéria, foi nomeada a Capital Mundial do Livro 2014, em razão da qualidade de seu programa, em particular seu foco na juventude e o impacto que terá na melhora da cultura nigeriana de livros, leitura, escrita e publicação, a fim de melhorar os índices de alfabetização. Tendo efeito no Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, essa iniciativa é apoiada pela UNESCO, em conjunto com a Associação Internacional dos Editores, a Federação Internacional de Livreiros e a Federação Internacional das Associações e Instituições Bibliotecárias. Em tudo isso, nosso objetivo é claro – encorajar autores e artistas e assegurar que mais mulheres e homens se beneficiem da alfabetização e dos formatos acessíveis, porque os livros são nossas forças mais poderosas para a erradicação da pobreza e a construção da paz."
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http://pidcc.com.br/artigos/052014/04052014.pdf © Ernesta Ganzo. Todos os direitos reservados. Publicação by Pílulas de direito para os tradutores. O editor solicita ao tradutor a obra derivada de tradução, “uma criação intelectual nova” e como tal protegida pela Lei de direitos autorais. O tradutor, criada a obra de tradução, cede ou licencia seus direitos patrimoniais sobre a obra traduzida. (Ernesta Ganzo) Mais em:
http://pidcc.com.br/artigos/052014/04052014.pdf © Ernesta Ganzo. Todos os direitos reservados. Publicação by Pílulas de direito para os tradutores. "[...] a forma encontrada pelo legislador para que os autores tivessem rendimentos dos frutos do próprio trabalho é a livre negociação dos direitos patrimoniais de autor, mantendo estes direitos na seara do autor, que não presta um serviço, mas cria a obra. O legislador determinou que as obras autorais, por serem o fruto imaterial da criação dos autores, não poderiam propriamente ser vendidas. Entretanto, o autor poderia ceder ou licenciar o direito de utilização sobre suas obras, inclusive sobre as obras ainda a serem criadas. Neste sentido, o trabalho autoral, como criação e expressão pessoal do autor, é trabalho independente, que não se presta aos moldes da prestação de serviço." (Ernesta Ganzo)
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Ernesta Perri Ganzoadvogada, tradutora e intérprete de italiano e português. Archives
Fevereiro 2021
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