Cumprida a missão, só nos resta convidá-los a ler o relatório produzido pelo Secretário-Geral do Comitê, Luiz Araújo, relatando a jornada e os resultados obtidos:
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"Principal direito moral do autor e, portanto, também do tradutor autor de obra derivada, é o de ver seu nome ligado à obra que criou (art. 24, II da LDA), podendo, a qualquer tempo, reivindicar a autoria da obra (art. 24, I da LDA).
A estes direitos corresponde a obrigação de mencionar o nome do autor da obra original e o nome do tradutor, em caso de obra derivada de tradução. Tal obrigação deve ser cumprida principalmente por aqueles que publicam, divulgam e comercializam a obra, assim como deve ser respeitada também por quem cita as obras em trabalhos científicos, tais como artigos, TCCs, monografias, dissertações e teses." Fonte: Obra de tradução e direito à nominação do tradutor. (Ernesta Ganzo) - VIII Congresso Internacional de direito autoral e interesse público. #nomedotradutor #quemtraduziu #cadeotradutor Ver mais em: http://on.fb.me/1phelIg CRIE SUA FRASE DE APOIO E ESPALHE ESTA IDEIA PELO MUNDO
A Campanha Nome do Tradutor, lançada pela ABRATES, com o apoio do SINTRA e dos colegas da Ponte de Letras, da TradWiki, Ernesta Ganzo, do blog Pílulas de Direito para Tradutores e Denise Bottman, do Não Gosto de Plágio, já é um sucesso! Para que nenhum dia passe em branco na divulgação da campanha especialmente neste mês, que é o Mês do Tradutor -- e para que cada vez mais colegas participem ativamente desta luta, que é de todos, apresentamos mais uma ideia: crie sua frase de apoio e insira na arte da campanha (abaixo), espalhando a ideia pelo mundo afora. Quando divulgar a campanha, não se esqueça de incluir também as hashtags #nomedotradutor #cadeotradutor #quemtraduziu Seja criativo, engajado e participe com a gente! Todos nós só temos a ganhar! A Abrates, Associação Brasileira de Tradutores e Intérpretes, iniciou hoje uma campanha pela divulgação da Campanha Nome do Tradutor. ___________________ Chegou o mês de setembro, o Mês do Tradutor, mês do nosso V Congresso! E a ABRATES, com o apoio do SINTRA, lança hoje a campanha pela citação do nome do tradutor. A ideia foi sugerida no Facebook pela tradutora Denise Bottmann, do blog “não gosto de plágio”, e a partir da iniciativa de nossa consultora jurídica pro bono, a tradutora Ernesta Ganzo, estamos, juntos, colocando essa ideia em prática. Mas o que é a Campanha Nome do Tradutor? É simples: o tradutor, de acordo com a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610 de 1998 - LDA), é AUTOR de obra derivada, o que lhe atribui direitos morais e patrimoniais, os mesmos direitos conferidos ao autor da obra original. O principal direito moral do autor, e também do tradutor, é ver seu nome ligado à obra criada. Esse direito persiste mesmo quando o contrato entre editora e tradutor inclui a cessão total e definitiva dos direitos patrimoniais, pois é inalienável e irrenunciável. Fizemos uma pesquisa em algumas livrarias virtuais e, na maioria delas, encontramos obras que têm o nome do tradutor citado, mas isso não acontece com todos os títulos. A Campanha terá como ação principal o envio de uma carta, elaborada por Ernesta Ganzo, a diversas editoras e livrarias virtuais, como a recém-chegada Amazon, ressaltando a obrigatoriedade da citação do nome do tradutor já na descrição da obra, de preferência junto ao nome do autor, o que permitirá a busca de títulos inclusive usando o nome do tradutor. Além do envio de cartas, as ações incluirão postagens no Twitter e no Facebook usando a arte com o mote da campanha: “Todo livro tem um autor, todo livro traduzido tem um tradutor” com o lembrete: “Não se esqueça de mencionar o nome do tradutor.” e as hashtags #nomedotradutor,#cadeotradutor e #quemtraduziu, direcionadas não só às empresas, mas também ao público em geral, que nem sempre se dá conta de que há um tradutor por trás daquele livro que ele adora. Garantir o direito do tradutor e dar maior visibilidade ao nosso trabalho junto ao público. Esses são os principais focos da Campanha Nome do Tradutor. Participe! Divulgue! Apoio e colaboração: não gosto de plágio Pílulas de Direito para Tradutores Tradwiki Ponte de Letras Senado aprova projeto que amplia o Supersimples
23 de abril Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, instituído pela UNESCO para promover o prazer da leitura e a proteção dos direitos autorais. Em homenagem ao livro e aos seus autores, um sensível curta–metragem de animação, do ilustrador William Joyce: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore (Os Fantásticos Livros Voadores do sr. Morris Lessmore). O curta é inspirado no ator e diretor Buster Keaton, ator e diretor americano de comédias mudas, no furacão Katrina e no romance The Wonderful Wizard of Oz (O maravilhoso mágico de Oz), de Lyman Frank Baum. Filme: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore Autor/Ilustrador: William Joyce Co-Diretor: Brandon Oldenburg www.morrislessmore.com Curiosidade: Wikipedia me informa que o ator e diretor Buster Keaton, “no começo da década de 1930, passa por uma fase de decadência, por ter assinado um contrato com o estúdio Metro pelo qual perde o controle sobre o conteúdo criativo de seus filmes e tem de aceitar roteiros impostos pelo estúdio.” P.S. Os motivos da minha escolha...
SPOILER . . As referências da história são muitas e, em conjunto, me pareceram refletir bem o espírito do dia mundial do livro e do direito de autor. Em primeiro lugar a referência ao ator e diretor americano de comédias mudas, Buster Keaton (Morris Lessmore), que, segundo a Wikipedia, “no começo da década de 1930, passa por uma fase de decadência, por ter assinado um contrato com o estúdio Metro pelo qual perde o controle sobre o conteúdo criativo de seus filmes e tem de aceitar roteiros impostos pelo estúdio.” Os autores precisam ser "livres" para criar, esse é o espírito da lei de direitos autorais. Minha leitura sobre a referência ao furacão Katrina, neste caso, relaciona-se não somente ao The Wonderful Wizard of Oz de Lyman Frank Baum, que o próprio William Joyce, o autor do curta, cita nas entrevistas, mas, também, aos acontecimentos na vida do próprio Keaton, que passou por um "furacão" existencial quando "tornou-se um assalariado, sem independência artística". Ou ainda, com o mercado em expansão da indústria criativa, um 'furacão' que parece estar querendo virar de cabeça pra baixo todo o sistema de proteção e remuneração aos autores. São, claramente, leituras pessoais, mas achei interessante que vocês soubessem os motivos da minha escolha. Amei todas as referências, Humpty Dumpty, os livros que nos fazem voar, a biblioteca, lugar mágico, a paixão pelos livros, capazes de devolver magia à vida (a cor), as memorias que resistem ao furacão, a capacidade de voar alto que a escrita permite, mas o que mais me emocionou foi a ressurreição de um clássico através da leitura, me deu vontade de reler todos os velhinhos aqui de casa. [O livro que Morris salva é From the Earth to the Moon, de Júlio Verne — sim, quando acabou, voltei atrás só para tentar reconhecer o que estava escrito naquelas páginas e descobrir a obra hehehe] Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, 23 de abril de 2014.
"A história da palavra escrita é a história da humanidade. O poder dos livros para promover a realização individual e criar mudança social é inigualável. Íntimo, mas profundamente social, os livros proporcionam amplas formas de diálogo entre indivíduos, em comunidades e através do tempo. Como Malala Yousafzai, a estudante paquistanesa que foi baleada pelo Taliban por ir à escola, disse no seu discurso nas Nações Unidas: "Vamos pegar nossos livros e nossas canetas. Eles são nossas armas mais poderosas." No Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, a UNESCO convida todas as mulheres e todos os homens a reunirem-se em torno de livros e de todos aqueles que escrevem e produzem livros. Este é um dia para celebrar os livros como a incorporação da criatividade humana e o desejo de compartilhar ideias e conhecimento, de inspirar compreensão e tolerância. Os livros não estão imunes a um mundo de mudanças, caracterizado pelo advento dos formatos digitais e pela transição para a partilha de conhecimentos, por meio da abertura de licenças de uso. Isso significa mais incertezas, mas também novas oportunidades – incluindo modelos inovadores de negócio no mundo das publicações. A mudança está levantando questões contundentes sobre a definição do livro e o significado da autoria nesta era digital. A UNESCO está na linha de frente dos novos debates sobre a desmaterialização dos livros e os direitos autorais. Ao defender os direitos autorais e o livre acesso, a UNESCO advoga pela criatividade, pela diversidade e pelo acesso equitativo ao conhecimento. Trabalhamos em várias direções – da Rede Cidades Criativas da Literatura à promoção da alfabetização e dos recursos educacionais. Por exemplo, em parceria com a Nokia e a World Reader, a UNESCO está se esforçando para aproveitar a tecnologia móvel para apoiar a alfabetização. Para esse fim, em 23 de abril, lançaremos uma nova publicação – Lendo na Era Móvel. Dentro do mesmo espírito, a cidade de Port Harcourt, na Nigéria, foi nomeada a Capital Mundial do Livro 2014, em razão da qualidade de seu programa, em particular seu foco na juventude e o impacto que terá na melhora da cultura nigeriana de livros, leitura, escrita e publicação, a fim de melhorar os índices de alfabetização. Tendo efeito no Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, essa iniciativa é apoiada pela UNESCO, em conjunto com a Associação Internacional dos Editores, a Federação Internacional de Livreiros e a Federação Internacional das Associações e Instituições Bibliotecárias. Em tudo isso, nosso objetivo é claro – encorajar autores e artistas e assegurar que mais mulheres e homens se beneficiem da alfabetização e dos formatos acessíveis, porque os livros são nossas forças mais poderosas para a erradicação da pobreza e a construção da paz."
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http://pidcc.com.br/artigos/052014/04052014.pdf © Ernesta Ganzo. Todos os direitos reservados. Publicação by Pílulas de direito para os tradutores. |
Ernesta Perri Ganzoadvogada, tradutora e intérprete de italiano e português. Archives
Fevereiro 2021
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